sábado, 26 de fevereiro de 2011

Brigadeiro de Café


Quem não gosta de brigadeiro? É bem difícil achar alguém não goste desse docinho bem brasileiro.
E hoje resolvi fazer um bem diferente. Acrescentei à receita básica algo bem brasileiro - o café.
Já havia testado várias receitas com café que até deram certo, mas não como eu queria e imaginava que o doce deveria ser.
Esta receita é bem fácil de fazer e o resultado é excelente.  Se você gosta de brigadeiro e de café, vai amar este doce.


Então vamos para à receita.

Brigadeiro de Café

Ingredientes:
1 lata de leite condensado
1 colher (sopa) de chocolate ou cacau em pó
1 colher (sopa) de manteiga integral sem sal
1/3 de xícara (chá) de café bem forte
grãos de café para decorar ou chocolate ralado ou coco ralado ou açúcar cristal (opcional)

Modo de Preparo:
Prepare um café bem forte.  Pode ser na cafeteira italiana ou com café solúvel extra-forte (1 colher das de sopa de café solúvel para 1/3 de xícara das de chá de água).
Junte todos os ingredientes em uma panela e leve ao fogo baixo, mexendo sempre, até desgrudar do fundo.
Disponha em um prato untado com manteiga e deixe esfriar. 
Com as mãos besuntadas de manteiga ou óleo, enrole fazendo pequenas bolinhas e passe no chocolate ralado ou no coco ralado ou no açúcar cristal.
Se preferir, outra apresentação é dispor em copinhos ou xícaras de café ou em pequenos ramequins.  Decore com grãos de café ou chocolate ralado ou coco ralado ou açúcar cristal. Esse é para comer de colher.

Rendimento: 4 copinhos de 50ml ou 6 xícaras de café ou 12 ramequins ou 25 docinhos enrolados.
Custo: aproximadamente R$ 7,50.


Brigadeiro, ou negrinho como era conhecido antigamente, é um doce brasileiro comum em todo o Brasil e normalmente presente nas festas de aniversário. Foi criado em 1940, em homenagem ao Brigadeiro Eduardo Gomes, liberal, de físico avantajado e boa aparência, um sucesso entre o mulherio. Nos anos de 1946 e 1950, quando o militar se candidatou à presidência da República, conquistou um grupo de fãs do bairro do Pacaembu em São Paulo, que organizavam festas para promover sua candidatura. Numa dessas festas, a guloseima feita de leite, ovos, manteiga, açúcar e chocolate tanto agradou que foi feito para arrecadar fundos para a campanha do militar. Como essas festas políticas eram muito disputadas pela população, logo começaram a chamar os amigos para irem comer o "docinho do Brigadeiro". Com o tempo o nome "brigadeiro" acabou sendo dado ao doce (mais tarde feito com leite condensado).

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Um italiano novo nos Jardins



Tem italiano novinho nos jardins bem em frente ao supermercado Santa Luzia, entre as ruas Padre João Manuel e Augusta.
Ao lado de uma sorveteria e um café, esse restaurante chama atenção de quem passa por lá.  Fachada envidraçada não há como não ficar curioso com o que há lá. 


Sábado  passado fui conferir o local e provar as massas.
A comida é boa, as massas são bem preparadas e os molhos saborosos.  Para quem curte um prato de massa, ele é bem servido e sacia bem a fome.  Além disso, o couvert vem com pães variados e seis antipastos italianos (pastas, conservas e vegetais assados).


Eu pedi um tagliatelli com frutos do mar que está bom.  A massa estava bem leve, mas podia ter um pouco mais de seres do mar ao invés de salsinha em volta do prato. Já o fagotini com ragú, também tinha a massa bem leve, e estava bem saboroso.
A recepção é super atenciosa, mas o atendimento dos garçons ainda é deficiente.  Falta afinação já que o restaurante ainda é novo e a frequência é pequena. Enquanto estivemos por lá, vários garçons vieram atender a nossa mesa. E pelo que percebi, eles não se entendiam na retirado e na entrega dos pedidos.

foto: divulgação

Inaugurado no último dia 31 de janeiro, o Manuali Ristorante e Pasta Fresca, será um misto de restaurante-rotisserie-bar. Dividido em dois andares, o térreo tem a rotisserie com massas frescas preparadas com farinha 00 e sêmola de grano duro importadas da Itália, e um bar com 40 lugares de onde saem drinks e petiscos italianos a partir de R$ 22,00.  Já no andar superior está o restaurante, comandado pelo chef italiano Edoardo Comodi, com 56 lugares e de onde saem pratos italianos preparados com as massas feitas pela casa e outros clássicos de várias regiões da Itália.
O chef Bruno Manuali, 23 anos,  é o responsável pela preparação diária de 15 tipos de massas, dos molhos e dos assados. A capacidade de produção é de 100kg de massa por dia.
A carta de vinhos é bem enxuta e tem cerca de 100 rótulos, em sua maioria italianos, argentinos e chilenos.
A recepção é super atenciosa, mas o atendimento dos garçons ainda é deficiente.  Falta afinação já que o restaurante ainda é novo e a frequência é pequena.
Os preços são um pouco salgado - a média dos pratos é de R$ 45,00, e o couvert a R$ 14,00 por pessoa.
Há opções de pratos executivos (entrada, primo e secondo piatti e dolci) no horário do almoço por R$ 50,00.
Há um serviço de entregas a domicílio para as massas e assados preparados na rotisserie.
O chef Bruno Manuali estudou gastronomia na Universidade Anhembi Morumbi, além de trabalhado em casas de massas na Itália. É um dos sócios desse mix italiano junto com seu pai.

Serviço:
Manuali Ristorante e Pasta Fresca
Alameda Lorena, 1442
(11) 3063-1317
e-mail: familiamanuali@gmail.com
Horário de funcionamento: de terça a domingo, das 11h45 às 15h e das 19h às 0h (restaurante); das 8h às 0h (rotisserie) e das 10h às 0h (bar). 
O serviço de entrega (delivery) é das 11h às 22h. Cobram R$ 5,00 de taxa de entrega.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Um japa para encerrar o ciclo USA


Último jantar tinha que ser encerrado com estilo e algo diferente.  Pelo menos para mim que nunca tive coragem de comer peixe crú.  Com recomendações de amigos de que o lugar era bom, fizemos reserva e lá fomos ao Nobu.

O restaurante localizado na região de Tribeca pertence ao mundialmente famoso chef Nobu Matsushita.  O Nobu é uma rede que está presente em 23 cidades em diversos países.

fotos: divulgação
Japonês de influências sulamericana, sua cozinha lembra muito os pintchos e tiraditos peruanos.

Acreditem se quiser, me rendi aos peixes crus.  Claro que estavam mais para ceviche do que para sashimi.  E tenho que dizer que estavam realmente bons.

Os pratos vêm à mesa para serem compartilhados.  Não são porções grandes, mas dois ou três pratos são suficientes para três pessoas.

Antes do primeiro contato com os seres do mar em sua forma crua, alguns drinks.  Fomos de sakê com lichia, em formato de martini; pisco sauer e mango sakê.


O primeiro prato: atum e peixe branco crus, temperados com limão e gergelim. Esse passou fácil, lembrava ceviche.  O segundo: cozido (ufa!!! dessa passei ileso), camarões, lagosta, cogumelos e saladinha para aliviar a ardência das pimentas.  Fogo nível 3.  E tome água e sakê.


A segunda leva foi um roll de atum cozido da forma correta, só por fora.  Delicioso.  E claro, um iguaria inusitada, tempurá de abacate.  Para nós, brasileiros, acostumados a ver o abacate como fruta e sempre doce, é estranho comê-lo salgado. Bom.


Acabaram-se os drinks, que venham as cervejas.  Em restaurante japonês, cerveja japonesa.


Neste prato, camarões e lagostas com shimeji, e dá-lhe saladinha.  Esse japonês  não me parece japonês.  Ao lado, espetinho de frango com molho teriaki, sempre delicioso.


Ainda famintos, pedimos mais um para saciar a fome.  Tempurá de camarão com salsa picante. Excelente.


As sobremesas surpreenderam pela apresentação.  O primeiro é um Bento Box, bolinho de chocolate e sorvete.  O segundo, veio em um baldinho sobre um fogareiro, maçãs caramelizadas com sorvete de sauer cream.  Inusitado e delicioso.


O atendimento foi super cordial.  Garçons educados e atenciosos, super prestativos. 

O público é bem jovem e moderno.  Grupos de amigos e casais, basicamente.

O restaurante recebeu três estrelas pelo The New York Times em 1995, e muitos outros prêmios e menções de destaque em outras publicações importantes.

Serviço:
Nobu NYC
105 Hudson Street
Nova Iorque - NY
(212) 219-0500
http://www.noburestaurants.com/
Horário de funcionamento: almoço, de segunda à sexta, das 11h45 às 14h15; jantar, de segunda à domingo, das 17h45 às 22h15.
Reservas através do site http://www.opentable.com/.

A Delicatessen mais famosa de NYC


Não tem como vir a Nova Iorque e não comer um sanduíche de pastrami numa delicatessen judaica.  E nessa viagem com viés gastronômico não poderia ficar de fora conhecer uma das mais famosas delicatessens da cidade, e também a mais antiga da cidade - a Katz's Delicatessen. Sempre cheia de turistas em busca do tal sanduíche de pastrami.  Hoje não poderia ser diferente, chegamos bem no horário de pico, com uma fila gigantesca.

O lugar em si não é lá grandes coisas. Lembra muito uma daquelas lanchonetes fuleiras que temos no Brasil.  Os atendentes e os garçons são mal-humorados e nem um pouco atenciosos e solicitos. Não repare muito na assepsia do local porque se não vai se arrepender de ter ido até lá.  Relaxe e encare como uma aventura a ser desbravada.  O sanduíche compensa todos os percalços.

O pastrami é iguaria artesanal feita com o peito bovino curado em sal e especiarias e em seguida defumado. Na verdade lembra muito a nossa carne-de-sol. A receita original chegou aos Estados Unidos através dos judeus que vieram do leste europeu no século 19.  E logo virou um hit entre os nova-iorquinos e turistas que visitavam a cidade.  O Katz's diz que a receita foi criada por eles em 1888, mas ninguém sabe se isso é verdade ou mito.


Fomos de sanduíche de pastrami tradicional. Há outros que vêm com acompanhamentos como queijo ou outros condimentos.  Com o tradicional vieram uma porção de picles de pepino e uma de batata frita.  Para beber, Pepsi ou cerveja.


Se quiser variar e pedir outro sanduíche, também famoso nos Estados Unidos só que da região da Philadelphia, vá de Philly's Cheese Steak. Carne em tirinhas com queijo derretido e molho especial.


Serviço:
Katz's Delicatessen
205 East Houston Street
Nova Iorque - NY
(212) 254-2246
http://www.katzdeli.com/
Horário de funcionamento: domingo, quarta e quinta-feira, das 8 às 22h45; segunda e terça, das 8 às 21h45; e sexta e sábado, das 8 às 2h45 da madrugada.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Alternativo estrelado


O wd~50 é mais um dos restaurantes estrelados de Nova Iorque que valem a pena conhecer.  E conseguir uma mesa não é muito fácil.  A nossa conseguimos com semanas de antecedência. O chef e proprietário é o também premiado Wylie Dusfrene, que já trabalhou com Jean Georges como sous-chef.


Localizado numa ruazinha do Lower East Side de Manhattan, tem 65 lugares e um grande bar onde se podem degustar drinks e vinhos.  O local lembra um galpão com paredes coloridas e um ar super alternativo.

O cardápio é bem enxuto, pode-se escolher à la carte ou chef testing menu (o tal menu degustação) com nove pratos (pode-se seguir este menu com uma harmonização de nove vinhos).  Há também um menu degustação para sobremesas com três ou cinco sobremesas. Escolhemos os pratos individualmente, já que passamos por tantos menus degustação que sentimos a necessidade de algo mais livre.

A carta de vinhos é super didática e bem simples.  Em outros restaurantes vimos algumas cartas de vinho como verdadeiras bíblias com centenas de páginas; alguns casos tinham até índice remissivo.

O vinho escolhido foi um Barolo 2006.  Um vinho mediano e bem estruturado.


 Uma caixa de madeira com telhas crocantes com gergelim vieram enquanto aguardávamos os pratos. 


Na sequência um amuse bouche, um peixe branco sobre um creme leve.


O primeiro prato foi uma sopa de queijo e brócolis com carne de porco e crisps de queijo e bacon.  Uma mistura criativa de texturas e sabores.  Os ingredientes aparecem neste prato em três apresentações diferentes: cremoso, crisp e in natura.


Os pratos principais: um lombo de porco com spetzles, pêssegos e amêndoas; o outro, um bacalhau com creme de ervilhas e coco, cenouras em lâminas cobertos por uma massa quadrada de nori.  Criatividade sem deixar de deixar os pratos saborosos e bonitos.


Antes da sobremesa, um sorbet para limpar o paladar.


As sobremesas: uma com chocolate, suspiros, sorvete de soja, creme de feijão preto e amendoim; a outra, um bolo de amêndoas, sorvete de camomila, caramelo em fios e peras.


O restaurante só abre 5 dias por semana e para o jantar.  A frequência é basicamente de jovens, alternativos e modernos, além de casais.  Definitivamente um lugar para os modernos, pelo ambiente, pela comida e pela localização fora do eixo comercial de Nova Iorque.

fotos: divulgação

O wd~50 está presente em várias lista como um dos melhores restaurantes do mundo: na lista dos 50 melhores do mundo da S. Pellegrino ocupa a 45ª posição logo no ano de sua estréia na lista.  É, também, dono de uma estrela do Guia Michelin e três estrelas pelo The New York Times.

foto: divulgação

Serviço:
wd~50
50 Clinton Street
New York City, NY
(212) 477-2900
Horário de funcionamento: de quarta a domingo, das 18 às 23 (jantar).
Entrada no restaurante somente com reservas antecipadas através do site: http://www.opentable.com/

Um francês bem baratinho em NYC


Logo de cara um perfume delicioso de maçãs te faz viajar direto para um lugar qualquer no campo.  As paredes do hall são revestidas por maçãs frescas.


Passando-se por uma segunda porta vê-se o amplo salão com amplas mesas.  Uma decoração luxuosa que lembra um castelo francês.  O serviço todo é francês, cheio de pompa e tudo mais.  Não se assuste com isso achando que irá pagar absurdos.  Muito pelo contrário, o restaurante, o serviço e a comida são ótimas e preço no almoço é super em conta.


Resolvemos ir de chef testing menu (menu degustação) com um set course de quatro pratos. Lembrando que quando se pede menu degustação aqui nos Estados Unidos sempre vem mais do que o prometido.  Sempre tem os pratos intermediários.

Muito bem, escolhemos um vinho francês, afinal de contas estamos num restaurante francês: um branco Mas Jullien 2006. Leve e super aromático.


Vieram os pães feito na casa e manteiga.  Em seguida uma sopinha de abóbora com um queijo cremoso francês e cubinhos de carne de porco.  Super leve e saborosa.  Ideal para um dia frio.


Os primeiros pratos foram aspagos gratinados com molho branco e pesto; e um saladinha de folhas precoce com atum.


Na sequência, uma sopa de alho e amêndoas poró, brotos de alfafa e purê de cogumelos.


Como principal um frango e ravioli de abóbora e ragú de porcini; carne de vison e gnocchi trufado com purê cítrico e couve de bruxelas.


Ambos vieram com um delicioso purê, daqueles bem franceses cheios de manteiga.  Ótimo!


Antes de iniarmos o set de sobremesas, um sorbet bem refrescante de coco, cake de abacaxi e calda de maracujá.  Isso soa tão Brasil para mim.


O set de sobremesas foi injusto.  O primeiro foi um prato só com sobremesas de chocolate com o sugestivo nome de Chocolate Frivolous - eram simplesmente seis sobremesas à base de chocolate.  O melhor era o petit gateau.


E esta aqui era uma torta de peras com sorvetes de alecrim e baunilha e calda de chocolate Valhrona.  Super chic e super gostosa!


Para finalizar o almoço, um café espresso.  E como se não tivessemos injerido açúcar suficiente, mais docinhos - trufas, crisps de amendoim, macarons, telhas doces, biscoitos, petit fours.


Este sem dúvida nenhuma foi um grande achado.  Um restaurante super bom, ambiente agradável, comida boa e farta, atendimento super atencioso e o melhor de tudo, preço bom. O atendimento é super atencioso e os garçons super prestativos.

foto: divulgação

David Bouley é um homem de negócios no mundo gastronômico.  Ele possui além de restaurantes, padarias, mercados gourmet e empresa de catering.  Trabalhou com chefs renomados.  O restaurante Bouley é done de duas estrelas do Guia Michelin.

Serviço:
Bouley
163 Duane Street
Nova Iorque, NY
(212) 964-2525
http://www.davidbouley.com/
Reservas pelo site: http://www.opentable.com/.